"Esta é última oportunidade que o Governo tem para mudar de caminho", avisa Seguro

O líder do PS advertiu hoje que "esta é a última oportunidade que o Governo tem para mudar de caminho" e assegurou que irá dizer à 'troika' que "é preciso parar" e "fazer uma consolidação com outra trajetória".
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"Esta é a última oportunidade que o Governo tem para mudar de caminho, repito, senhores membros da maioria e do Governo, esta é a última oportunidade que o Governo tem para mudar de caminho", afirmou António José Seguro.

O secretário-geral socialista falava no final da sua intervenção na abertura de um debate no Parlamento pedido pela sua bancada sobre a "Alternativa para a saída da crise", em que do lado do Governo participam o ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, e o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas.

Seguro apresentou um pacote de medidas que disse serem a "alternativa ao falhanço da política do Governo" e deixou várias críticas à estratégia do Governo e às "previsões negras" para a economia e o emprego, tanto a nível nacional como na União Europeia.

"Há 923 mil portugueses desempregados, um número nunca visto, o Eurostat acaba de divulgar que o desemprego em janeiro deste ano atingiu 17,6%, a economia está em espiral recessiva, tendo caído 3,2% do PIB no ano passado, a dívida pública aumentou mais de 20 mil milhões de euros só em 2012, passando de 108 para 122,5% do PIB, o défice orçamental ficou acima da meta contratada, o país está mal e se nada for feito ficaremos pior", disse.

O líder socialista referiu ainda que as últimas previsões nacionais "apontam para mais desemprego, menos economia, mais dívida e mais défice orçamental".

Neste contexto, António José Seguro defendeu que "a primeira conclusão" a tirar "é que este Governo falhou, tal como falhou a sua política da austeridade do custe o que custar".

"O Governo pode continuar a negar a realidade, a negar evidência, os portugueses é que não a negam, e o PS assume a responsabilidade de nesta sétima avaliação de dizer com clareza à 'troika' que basta, é preciso parar, é preciso fazer uma consolidação com outra trajetória", concluiu, sendo aplaudido de pé pela bancada do PS.

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